DE PROFUNDIS E O GÓTICO NACIONAL: CULTURA ALTERNATIVA LITERATURA E POESIA NAS ONDAS DO ESPÍRITO DA MÚSICA

Das profundezas do gótico direto para as ondas da Rádio Universitária 870AM, Eduardo Finitto, ou melhor, Morpheus Affinito, atende ao chamado do programa Espírito da Música e apresenta neste domingo (28/12), a partir das 11 horas da manhã, seu projeto De Profundis, coletâneas e fanzines lançados pela gravadora e produtora musical paulista Baratos Afins.

Entre os assuntos sinistros da edição número #16 do Espírito da Música, Morpheus Affinito destaca o zine e as coletâneas que ajudaram a divulgar poetas, bandas, sites, casas noturnas e quadrinistas do meio gótico nacional. O primeiro CD do país a privilegiar exclusivamente bandas góticas nacionais, a coletânea Violet Carson (1999), idealizada por ele, está entre os temas.  Com apoio do DJ Floyd e do selo Baratos Afins, o projeto teve suas 500 cópias esgotadas rapidamente, fato que abriu portas para as próximas compilações, publicadas entre 2000 e 2003. “A capa era simples, P&B tudo com objetivo de divulgar a produção nacional”, destaca.

Morpheus conta os motivos que o levaram a mudar um pouco as coisas e o nome do projeto. “Antes era muito focado no Joy Division, aquela coisa do Atmosphere pegar somente influências. Devido a uma orientação mais abrangente, quis dar um tratamento mais literário, inspirando por Oscar Wilde, um dos escritores que mais amo, e homenagear Sidney Paulino (falecido), vocalista do Smack, rebatizei o projeto como De Profundis”.

De Profundis (2000, com 15 faixas de cinco bandas nacionais), De Profundis – Versão Brasileira (2003, com 16 faixas em português de oito bandas nacionais) e De Profundis – Equinoxe (com três bandas alemãs e sete nacionais) e a edição mais recente, datada do ano de 2011, também aparecem no programa Espírito da Música deste domingo.  

Com amostras do trabalho de 20 bandas, o último CD lançado pretendeu registrar a situação em que se encontrava a cena no início de década de 2010, destacando estilos como a darkwave, o pós-punk, o industrial e o gothic rock. “Foi quase como exorcizar. Ficamos quase 10 anos sem lançar um trabalho. Vimos a cena crescendo, mas ficávamos procurando outro trabalho que tivesse a mesma pegada.  Ninguém fez nada, ninguém lançou mais banda, zine...  Tem balada, mas que não constitui o espírito da cena. É legal (o projeto), é como se fosse um alfinete ali no mapa, isso aconteceu, esta ali, registrado”.

As revistas De Profundis se esgotaram há anos, mas suas versões em PDF estão disponíveis no blog contraforma.wordpress.com (links integrais abaixo). A história e os sons deste trabalho pioneiro e avassalador você confere só no Espírito da Música. 

De Profundis (confira aqui):

http://contraforma.files.wordpress.com/2012/12/deprofundis12.pdf

http://contraforma.files.wordpress.com/2012/12/deprofundis2.pdf

http://contraforma.files.wordpress.com/2012/12/deprofundis3.pdf

http://contraforma.files.wordpress.com/2012/12/deprofundis4.pdf

http://contraforma.files.wordpress.com/2012/12/deprofundis5.pdf

Morpheus Affinito

Natural de Brasília (DF), apaixonado desde sempre por livros e informática, Morpheus Affinito começou a figurar na cena gótica nacional em 1992, inspirado por outros zines punks como o Invocations of Rozz Williams e o paulista Enter The Shadows. “Não havia uma cena gótica em Brasília, somente punk, black metal, pessoas que tinham alguma afinidade, mas não eram adeptos do gênero”, explica.

A coluna Darklands, voltada à divulgação do rock gótico, na revista Dynamite, foi o primeiro trabalho de Morpheus. Apaixonado por literatura, como afirma “vivo, de, por e para”, começa outros os projetos como Nada, Gotic Party , Atmosphere , cujo objetivo era divulgar poesia, literatura e informar às pessoas sobre as bandas da cena gótica nacional.

Coidealizador do projeto Atmosphere, que organizava eventos em casas como Arkham Asylum e Thorns, em pouco tempo, graças aos contatos estabelecidos em São Paulo e Brasília, conseguiu realizar o sonho de compilar uma coletânea de bandas góticas nacionais e editar uma revista gótica em português. 

Sérgio Valério entrevista Morpheus Affinito para o Espírito da Música

Após uma temporada em São Paulo, em 1996 volta para o lugar onde nasceu e inicia o ousado projeto que, ainda hoje, se configura como o principal veículo de comunicação da cena gótica nacional. “O processo estava mudando, devido à troca de fitas, zines, a relação com alguns amigos de São Paulo, quando frequentávamos o barzinho Alternativo, na Penha. Queríamos montar uma coletânea com todas as bandas, mostrar para o público que isto existia, mostrar uma cena nossa”, completa. É quando surge o De Profundis.

Sem grandes aspirações financeiras, Morpheus Affinito revela que existe amor no underground. “Fazemos por amor, não é nada demais; não é amor divino, não tem nenhum paraíso esperando a gente depois. Paraíso pra gente é um porãozinho, luz apagada, pipoquinha, uma bandinha tocando. Se alguns entendem que não há necessidade, eu faço festa e vivo neste glamour, aí é coisa só deles, eu sinto muito, pois se existisse uma galera que unisse seu ponto de vista ia sair uma coisa muito legal”, conclui, cobrando um pouco mais de atitude, na expectativa de surgir outros De Profundis por aqui e por aí.

FICHA TÉCNICA:

Andréia Miklos

Cristiane Perné

Hígor Coutinho

Janaína Gomes

Julianna Santos

Luiz Fernando Clímaco

Sérgio Valério

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SERVIÇO:

Espírito da Música - Rádio Universitária 870 AM

Edição #16 –  Morpheus Affinito apresenta “De Profundis”

Programa Inédito: Domingo (28-12-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

Patrocínio: Navesa, através da Lei Goyazes

Apoio: Rádio Universitária – 870 AM

Realização: Fora da Lei

QUEBRA TUDO! 19º GOIÂNIA NOISE NAS ONDAS SINISTRAS DO ESPÍRITO DA MÚSICA

A força e atitude do rock independente goiano e nacional ganharam novamente os palcos do Centro Cultural Martim Cererê, nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, em um final de semana dedicado à música alternativa. Foi debaixo de muita chuva que os amantes do gênero transformaram o local num verdadeiro reduto do rock n’ roll, durante a 19ª Goiânia Noise Festival, realizado pelo selo Monstro Discos. E essa energia que também se espalha na seleção espiritual do programa Espírito da Música, nas ondas pela Rádio Universitária (870 AM), neste domingo (22/12).

Após dois anos com as portas fechadas para reformas, o Martim Cererê volta a ser cenário de um dos mais importantes festivais da cena alternativa no Brasil, que perdura por incríveis 19 anos, sendo um dos responsáveis por levantar a bandeira do rock independente na capital e tornar Goiânia uma referência nacional em eventos do tipo. Em 2013, reafirmou suas origens, ao dedicar a programação ao que representa o mais pesado do estilo.

E para acompanhar a grande festa, o Espírito da Música reúne uma mistura ousada das variantes do estilo, evocada ao som do punk britânico da The Exploited, o rock sem frescura da pernambucana Diablo Motor, o rock ácido e feminino de As Radioativas e ainda a Rios Voadores, uma das revelações de Brasília que se destacou pela mistura do rock com o tropicalismo.

The Exploited

Diablo Motor

As Radioativas

Também vem do Distrito Federal a banda Galinha Preta e o então músico solitário Alf, antigo integrante de bandas como Rumbora, Supergalo e Raimundos, dedicado atualmente ao lançamento de seu primeiro trabalho solo. Representando o peso do metal, a paulista Krisiun convoca todo mundo a bater cabeça com sua pegada estrondosa, mas de psicodelia quem entende é a banda Zeferina Bomba, que mostra aos ouvintes suas experimentações sonoras criativas.

Alf

Krisiun 

Zeferina Bomba

Um festival de rock goiano não poderia deixar de destacar a produção local e evidenciar seu potencial. Por isso as goianas foram a maioria nos palcos e fizeram público fervilhar com a ampla diversidade de estilos descritos, por exemplo, no som irreverente e fora da normalidade da Johnny Suxxx n’ The Fucking Boys, e nos solos insanos em uma ode ao punk rock da Entre os Dentes, garantidas na programação deste domingo.

Johnny Suxxx n’ The Fucking Boys

Death Metal ao estilo brasileiro é a cara da Ressonância Mórfica, enquanto a Baba de Sheeva chutou o balde e resolveu misturar hard core e thrash metal, fazendo bastante barulho no 19º Goiânia Noise, e agora na sintonia da Rádio Universitária. Se liga! O melhor do rock independente passa pelo Espírito da Música.

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SERVIÇO:

Espírito da Música - Rádio Universitária 870 AM

Edição #15 –  Especial Goiânia Noise

Programa Inédito: Domingo (22-12-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

Patrocínio: Navesa, através da Lei Goyazes

Apoio: Rádio Universitária – 870 AM

Realização: Fora da Lei ​

ESPÍRITO DA MÚSICA REVELA A MAGIA DOS SONS DO GRUPO UAKTI

Do erudito ao popular, do tradicional ao contemporâneo, do folclórico ao cosmopolita... Os instrumentos um tanto quanto exóticos, elaborados a partir de materiais comuns reciclados, dão vida aos sons experimentais do grupo mineiro Uakti. A densidade, a textura, a cor e a forma dos sons da Uakti tomam conta da edição #14 do Espírito da Música, com transmissão neste domingo (15/12), a partir das 11h, na Rádio Universitária (870 AM).

 A programação do Espírito da Música desta semana ultrapassa as barreiras clichês da música, ao evidenciar canções do grupo, que despontam há mais de 30 anos entre as referências da música instrumental brasileira. Irão ressoar nas ondas do rádio faixas de discos como I Ching, Uakti I, Tudo e Todas as Coisas, Oficina Instrumental e Sentinela, este último disco de Milton Nascimento, no qual tiveram participação em três faixas. Aproximações musicais com o rock n’ roll também se destacam no trabalho do grupo, apresentadas com o álbum Uakti Beatles, uma homenagem a maior banda do gênero de todos os tempos, também conferida na edição desta semana.

Música sustentável: é o que define um pouco da magia presente nas composições da Uakti, construídas a partir de materiais como tubos de PVC, vidros, metais, pedras, borracha, cabaças e água. O nome é uma derivação da lenda indígena dos índios Tukano do Alto Rio Negro, que remonta a história do heroi Uakti, monstro com formas humanas e o corpo todo perfurado. Sua deformação produzia sons soturnos ao atravessar do vento, o que bem combina com as canções do grupo.

 O projeto criativo se revelou em 1978, quando músicos da Fundação de Educação Física de Belo Horizonte se reuniram para dar som e vida aos instrumentos que Marco Antônio Guimarães começou a construir. Daí em diante acumulou dez discos gravados, além de premiações importantes: Melhor Grupo de Música, em 1996, pelo Ministério da Cultura; e a Medalha de Ouro do Prêmio Santista, em 1997, na área de artes. Aumente o som, pois a originalidade da música brasileira será novamente revelada nas ondas no Espírito da Música!

(Fotos: Sylvio Coutinho)

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Espírito da Música - Rádio Universitária 870 AM

Edição #14 –  Especial Uakti

Programa Inédito: Domingo (15-12-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

Patrocínio: Navesa, através da Lei Goyazes

Apoio: Rádio Universitária – 870 AM

Realização: Fora da Lei 

ESPÍRITO DA MÚSICA MOSTRA UMA DAS FACETAS DO INDIE BRASILEIRO NAS FAIXAS DE STELA CAMPOS

Neste domingo (8/12), a cantora, compositora e multinstrumentista  paulistana Stela Campos dá o ar de sua voz doce e seu estilo inconfundível na edição #13 do Espírito da Música, no ar pela Rádio Universitária (870 AM). A partir das 11h, o ouvinte é convidado a curtir a criatividade da artista, que completa mais de 20 anos de estrada, com um currículo marcado por vários trabalhos: cinco discos solo, o último lançado em 2013, Dumbo. Em entrevista exclusiva, fala sobre sua carreira e suas inspirações, em programa mais que especial.

O primeiro flerte da Stela Campos com a música veio em trabalhos dedicados ao jazz, quando tocava em pubs paulistanos. Logo uma reviravolta levou a artista para a efervescência do Movimento Manguebeat, nos anos 90, depois de tornar uma viagem para o Recife (PE) motivo para estender a estadia na cidade por sete anos, quando colaborou com artistas como Chico Science e Nação Zumbi, Siba, Devotos, Fred 04, Eddie e DJ Dolores. 

À frente de bandas indies como Funziona Senza Vapore, formada por ex-integrantes do Fellini e Lara Hanouska, que teve uma primeira formação efusiva em 1992, mas que ganhou um tempo maior de vida com o retorno anos depois, mostrou que sua carreira é muito mais que as batidas do mangue beat.  Influências de Sonic Youth, Pixies e My Blood Valentine eram marcantes no som de Lara Hanouska, que encerrou atividades em 1997.

Naturalmente, a carreira solo foi destino de Stela Campos, que logo se tornou uma cronista urbana, celebrando em suas canções personagens comuns do reduto da cidade. Ao assumir estes novos rumos, deixou para trás o hábito de cantar em inglês para se aventurar no idioma nacional, mas colecionou ao longo de sua trajetória composições que fluíam facilmente no inglês, motivo que as levou a serem selecionadas para compor seu último álbum.

Parcerias de sucesso também impulsionaram o trabalho de Stela Campos, entre elas com os multi-instrumentistas Clayton Martin, Missionário José e o letrista Luciano Buarque, que poderão ser conferidas nas canções da trilha sonora do Espírito da Música deste domingo.  Bons motivos não faltam para os ouvintes viajarem pelas ondas da Rádio Universitária.

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Espírito da Música - Rádio Universitária 870 AM

Edição #13 – Especial Stela Campos (com entrevista exclusiva)

Programa Inédito: Domingo (8-12-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

Patrocínio: Navesa, através da Lei Goyazes

Apoio: Rádio Universitária – 870AM

Realização: Fora da Lei 

ESPÍRITO DA MÚSICA REVISITA O AFROFUNK

Neste domingo, 1º de dezembro, o Espírito da Música revisita o AfroFunk

A mistura de três gêneros de matriz africana - o soul, o jazz e o rythm and blues (R&B) - deu origem nos anos 70 ao estilo que fez (e faz) todo mundo sacudir o esqueleto nas pistas de dança: o funk. Com suas batidas que misturam o ritmo à sensualidade e percussão marcantes, o funk tomou conta dos bailes no mundo inteiro e deixou suas influências, sendo incorporado à cultura musical de várias nacionalidades. Nos países africanos não poderia ser diferente. O suingue do ícone do estilo James Brown e companhia resultou em uma mistura diferenciada, que poderá ser conferida neste domingo (1º/12), a partir das 11h, no especial AfroFunk do programa Espírito da Música.

Aumente o volume do seu som em sintonia com a Rádio Universitária (870 AM) e entre no embalo das sonoridades excepcionais assimiladas com o funk, de países como Nigéria, Quênia, Camarões, África do Sul, Gana e mesmo Trinidad e Tobago, em gravações que ajudaram a colocar a África num lugar de destaque no mapa da música mundial.

Nas ondas do Espírito da Música, diretamente da realeza de Yorubaé, o nigeriano Joni Haastrup mostra seu ápice criativo. O saxofonista Manu Dibango é lembrado com uma faixa do disco Africadelic, gravado em apenas uma semana. O saxofonista Dudu Pukwana, o trompetista Mongezi Feza e o baterista Luis Moholo e o pianista Chris McGregor, que integravam a banda Assagai, deixam sua contribuição à trilha sonora selecionada. Uma mistura inusitada do canto arábico com o groove da soul music é a proposta de Seyoum Gèbrèyès.

Joni Haastrup

Manu Dibango

As influências do groove americano, reggae, funk e rock também passam pela seleção da semana, representadas pela Black Truth Rhythm Band. Aclamado em 1974 o “soberano” – em suaíli Mfalme – da música queniana,  Jimmi Raye é mais uma das novidades. As “vozes da escuridão” também invadem a programação musical com The Voice of Darkness e ecoam ainda mais na fusão dos ritmos yorubá, jazz, funk e highlife, sob a luz das batidas tradicionais africanas, desenhadas  por Tony Allen.

Black Truth Rhythm Band

Tony Allen

Mas a excepcional Jam Session do Espírito da Música não para por aqui: o multi instrumentista radicado em Gana, Ray Stephen Oche and His Matumbo  e a dupla Fela Kuti e Ginger Baker despertam a curiosidade ao desvendar mais um pouco dos segredos dos ritmos africanos. Os sons dos quatro cantos da África é a pedida da edição #12 do Espírito da Música, para ouvir e incluir na seleção musical das melhores festas.

Ray Stephen Oche and His Matumbo

Fela Kuti

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Espírito da Música - Rádio Universitária 870 AM

Edição #12 – AfroFunk

Programa Inédito: Domingo (1º-12-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

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ESPÍRITO DA MÚSICA TRAZ COBERTURA ESPECIAL DO 14º CANTO DA PRIMAVERA

Pirenópolis, Goiás. Ainda é possível sentir a energia da primavera pairar sobre as paisagens do pequeno município, sua arquitetura colonial que remonta toda a história do povo goiano. À tarde, o sol invade as ruas da cidade, um convite a passear por seus cartões postais. A noite cai e traz com ela o frio agradável, típico do clima da região. Em meio a tudo isso, ouvimos ecoar pelos quatro cantos de Pirenópolis os mais diversos sons: é o Canto da Primavera, que em 2013 ocupou novamente, com atraso, a agenda de eventos do Estado de Goiás.

Atualmente um dos maiores eventos de música do Estado de Goiás, o festival em sua 14ª edição, é lembrado em cobertura exclusiva do programa Espírito da Música, neste domingo (24/11), a partir das 11h, na Rádio Universitária (870 AM). Cerca de 50 mil pessoas, segundo estimativa da Secretaria de Cultura (Secult), acompanharam a programação cultural, marcada pela diversidade de atrações, incluindo música, cinema e diversas oficinas.

A seleção do Espírito da Música #11 traz Gilvan de Oliveira, Bruno Rejan, Céu, Gilberto Gil, nossa apresentadora Cristiane Perné, Virgínia Rodrigues, Bebel Roriz, Manassés Aragão, Niela, o rock contagiante de The Legendary Tigerman e a carioca Fernanda Abreu.

Baiana que ganhou projeção em sua carreira após ser descoberta pelo cantor Caetano Veloso, Virgínia Rodrigues impressionou com seu vozerão, em show acústico durante a abertura do Canto da Primavera, sua estreia em terras goianas. O veterano no evento Bruno Rejan Quinteto, contrabaixista, arranjador e compositor goiano, foi outro que arrancou belos acordes junto a sua banda em uma apresentação instrumental.

Virgínia Rodrigues

Bruno Rejan/ Foto: Marina Adorjan

Voz suave é a marca da pianista, compositora e cantora Bebel Roriz, que acompanhada dos músicos Olavo Telles (viola), Dênio de Paula (guitarra), Diego Carrara (baixo) e Zé Junqueira (bateria), mostrou as variadas nuances da sua música e suas canções autorais. Cristiane Perné, nossa apresentadora, saiu de traz da bancada para mostrar seus dotes vocais nos palcos, que agitou bastante o público de Pirenópolis passando do samba ao blues. Presença nas noites goianas desde 1982, Perné começou no mundo da música quando assumiu o backing vocal de Júnior Marvin, vocalista que substituiu Bob Marley na banda The Weillers.

Bebel Roriz/ Foto: Marina Adorjan

Cristiane Perné 

Falando em reggae, o terceiro dia do Canto da Primavera arrancou um coro do público, que estava com todas as músicas de Gilberto Gil na ponta da língua. Em formato acústico, o show contemplou sucessos de sua carreira, que acumula mais de 50 álbuns lançados e criatividade musical que influenciou e influencia gerações da música brasileira.

Também não perdeu o ritmo a “garota sangue bom” Fernanda Abreu, provando que o “Brasil é o país do swing” e do funk. Com seus 52 anos conservadíssimos, em um corpo e molejo de dar inveja, a ex-vocalista da Blitz esbanjou simpatia e fez a temperatura subir aos 40°C, mesmo embaixo de muita chuva, com canções de sua trajetória e homenagem a ícones do funk e samba, como Jorge Ben Jor e Tim Maia. A carioca dá seu salve na nossa lista espiritual deste domingo.

Foto: Marina Adorjan

Outra a conquistar os ouvintes é a encantadora Céu, que encerrou a edição do festival em um passeio por faixas de seus cinco trabalhos, reconhecidos não só no Brasil como também no exterior. Filha do maestro e compositor Edgard Poças, Céu, que se lançou na cena musical em 2002, recebeu indicação para várias premiações, dentre elas o Grammy Latino e o Vídeo Music Brasil (VMB).

Os sussurros de outro mundo convidam ainda aos microfones Gilvan de Oliveira, com a brasilidade da MPB; o jazz instrumental de Manassés Aragão; no domínio do rock n’ roll, Niela e o internacional The Legendary Tigerman, que surpreendeu com seu talento multi instrumental e rock descontraído. Se liga, pois, agora, só no ao que vem e aqui, nas ondas sinistras do Espírito da Música.

Gilvan de Oliveira/ Foto: Marina Adorjan

Manassés Aragão

Niela

The Legendary Tigerman- foto Flávio Isaac

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Edição #11 – Especial Canto da Primavera

Programa Inédito: Domingo (24-11-13) - 11h

Horários Alternativos: Segunda: 14h //  Sábado: 19h

Patrocínio: Navesa, através da Lei Goyazes

Apoio: Rádio Universitária – 870AM

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